Depois de pelo menos cinco anos de agonia, ela se foi. No fundo, todos sabiam que ela devia ir mesmo, afinal... ela já tinha acertado todas as suas contas! Já não conseguia bater palmas no aniversário do filho, caminhar... já não conseguia quase falar.
Ontem foi a missa de sétimo dia, na Igreja de Nossa Senhora do Carmo, em pleno ato público do dia da visibilidade lésbica. O padre ficou irritado. Mas senti que a música e a animação das pessoas que se encontravam na frente da Igreja deu um ar menos fúnebre a um dia ainda triste. Porque, embora meu fio de vó não traga só boas lembranças... encontrar-se com a morte é algo sempre muito difícil.
A Igreja me chamou muita atenção. Ia dizer linda... mas prefiro dizer imponente! Tons dourados, anjos, imagens fortes. Enorme e, de certa forma, estranha.
Senti que eu tinha que estar ali pelo meu pai e porque vovó acreditava naquilo tudo. Estava ali por ele... por ela. Mas é impressionante como esse mundo não me pertence mais e como acho que isso me distancia muito mais do que me aproxima de Deus.
Ensaiei conversar com mainha sobre isso. Claro que ela ficou horrorizada.
no gerúndio da mudança, que começa em mim, passa pelos outros, termina e recomeça em mim...
sábado, 29 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Casamento de Narinha....
* Texto lido no finalzinho da cerimônia!
Fábio e Nara. Narinha, nós que aqui estamos precisamos mesmo agradecer por poder assistir a um momento tão bonito. Tão verdadeiro. Tão de vocês. Sim! De vocês! E na condição de amiga de infância, mesmo tentando conter toda a nostalgia e as boas lembranças que esse lugar traz para muitos dos que estão aqui, coube a mim ser porta voz dessa simples mensagem. Porque hoje é mesmo o dia de lembrar do que trouxe vocês até aqui. Lembrar dos momentos e sentimentos de mais de oito anos de convivência. Foram oito anos de aprendizagem e de preparação para a vida que se inicia agora. Mais do que uma casa linda e suada em Aldeia ... os passos que serão dados a partir de hoje precisarão também de tudo que foi plantado. Precisarão da tolerância e do companheirismo de Fábio. Da responsabilidade e da disciplina de Narinha. Uma mistura de tudo que nesse tempo fizeram de vocês dois. Digo dois, porque acompanhei e sei que a maior marca dessa relação é o respeito e a forma sutil como cada um olha para o outro e aceita, acolhe as singularidades. Vocês são dois, unidos por um. Um amor. Em Um encontro. Nesse encontro.
Dizem que os verdadeiros encontros mudam a gente. Fazem de nós pessoas melhores. Que vocês sejam melhores um, a partir do outro. Um para o outro. Juntos! E Que o amor de vocês floresça, se fortaleça e continue nos presenteando com outras tantas doses de amor.
Paixão! Mais do que um apelido de início de namoro. Mais do que o encantamento diante de um encontro casual. Casual? Pode se chamar de casual um encontro entre dois corações? Parece que algo os levou aquele lugar. Algo direcionou os seus olhares. Um encontro. E que encontro! Eles estavam mesmo se preparando. Errando e acertando... até se encontrarem. Encontrarem-se e mergulharem um no outro. E de dois se fizeram um. Um amor! Amor! De repente, a vida se tornou mais leve. Tudo ganhou cores, cheiros e amores. Amor ou amores? Amores! Porque eles não vieram a esse encontro sozinhos. Trouxeram suas famílias, seus amigos, os seus.... eles nos presentearam com o amor que cada um, certamente, está sentindo nesse exato momento. Porque o amor que eles trazem em seus corações exala, transborda, contagia. Faz cada um de nós olhar para as nossas histórias, para os nossos corações e voltar a nos encantar com cada pequena e simples dose de amor.
Fábio e Nara. Narinha, nós que aqui estamos precisamos mesmo agradecer por poder assistir a um momento tão bonito. Tão verdadeiro. Tão de vocês. Sim! De vocês! E na condição de amiga de infância, mesmo tentando conter toda a nostalgia e as boas lembranças que esse lugar traz para muitos dos que estão aqui, coube a mim ser porta voz dessa simples mensagem. Porque hoje é mesmo o dia de lembrar do que trouxe vocês até aqui. Lembrar dos momentos e sentimentos de mais de oito anos de convivência. Foram oito anos de aprendizagem e de preparação para a vida que se inicia agora. Mais do que uma casa linda e suada em Aldeia ... os passos que serão dados a partir de hoje precisarão também de tudo que foi plantado. Precisarão da tolerância e do companheirismo de Fábio. Da responsabilidade e da disciplina de Narinha. Uma mistura de tudo que nesse tempo fizeram de vocês dois. Digo dois, porque acompanhei e sei que a maior marca dessa relação é o respeito e a forma sutil como cada um olha para o outro e aceita, acolhe as singularidades. Vocês são dois, unidos por um. Um amor. Em Um encontro. Nesse encontro.
Dizem que os verdadeiros encontros mudam a gente. Fazem de nós pessoas melhores. Que vocês sejam melhores um, a partir do outro. Um para o outro. Juntos! E Que o amor de vocês floresça, se fortaleça e continue nos presenteando com outras tantas doses de amor.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Tempestade que não passa!
Achei que ia enlouquecer. Acidente de Lucas, necrose, cirurgia de Lucas, pós-operatório delicado, assalto, troca de carro frustrada, ccf, loja fechada, gerente do banco de merda, desistência do concurso, trabalho (muito trabalho!), carro quebrado, crise de pânico... talvez tenha sido o mês mais difícil da minha vida. Meu coração sente que tudo está se acalmando, mas ainda é cedo para dizer. Espero um arco-íris que não chega. E, enquanto não chega, consegui um defumador espiritual e um banho de 21 ervas. Espero que funcione!
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