quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

2011



tentando fugir do "fazer planos"... que em 2011 consigamos ser, pelo menos, um pouco melhores,para nós mesmos e para os que estão ao nosso redor, dia após dia!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Cartas para Julieta: para assistir, pensar e escrever sobre o amor!

Tem gente que trata o amor como um negócio e diz que é preciso investir, como se investe em uma empresa. Em um mundo tão capitalista é fácil entender esta compreensão de amor. Talvez no mesmo sentido, mas com outras expressões, prefiro falar numa plantinha. É preciso regar, cuidar, às vezes, colocar no sol, outras vezes, colocar na sombra. Há quem diga que é preciso até conversar com ela. Se errar na dosagem e estiver atento, talvez dê para salvá-la. Mas se estiver desatento, certamente, ela morrerá. Ou passará alguém e sentirá que pode cuidar melhor daquela plantinha abandonada. Com o amor é assim. Quando se consegue ter-sentir o amor (o que já é raro), a regra é clara: ou cuida ou perde.

domingo, 26 de dezembro de 2010

Eu não me conformo!

Eu não merecia adoecer na noite de Natal. Não pelo Natal, mas pelo que sinto quando estou perto da minha família. E isso é tão raro! Sem contar que adoecer, sem saber exatamente o que está acontecendo comigo (no caso: dor de garganta ou refluxo) é assustador, além de revoltante. Vi todas as comidas que mais gosto, sobremesa, bebida... e não consegui desfrutar nada. A proposta de uma festinha até de manhã, depois da ceia, junto a tantas outras propostas de passadinhas nas casas de pessoas importantes, foram reduzidas a uma noite febril e a lágrimas. Odeio adoecer! E quem gosta? Fiquei tentando “ler” o que estar doente pela primeira vez no Natal queria me dizer, me ensinar. Difícil! Tá bom... entendi que o importante foi garantido: abraçar as pessoas mais queridas e dizer o quanto elas são importantes... renovar o amor, os amores. Mas, mesmo assim, não me conformo!

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Meio quase

Parece febre: os olhos ardendo, o corpo mole e a cabeça levemente doendo. Vontade de deitar e, ao deitar, vontade de levantar e de fazer um monte de coisas. Um vontade de tossir, que vem quase como uma coceirinha na gargante. Sai aquela tosse seca, como se houvesse e não houvesse nada a sair. Talvez seja uma virose. Ou ainda uma gripe. Talvez seja só 2010 saindo de mim.

Interessante! Quando o ano é ruim, tudo o que queremos é que acabe logo. O reveillon tem gosto de recomeço, de novas oportunidades. Aí vem uma alegria súbita, diante de todo sofrimento do ano anterior. Agora, quando o ano é bom, acho mesmo é que dá uma tristeza. Porque há sempre o medo do próximo não ser tão bom quanto o atual. Eu estou entre os que não estão nem de uma forma nem de outra.

2010 foi um ano meio quase: quase perfeito, quase feliz, quase difícil, quase triste. Muito riso, mas também muito choro. Muitas conquistas, e também perdas que até hoje doem. Meio a meio. Meio quase. E assim também termino o ano: quase... bem.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Amenidades

A gente quis dormir sem se comprometer com nada. Não marcamos hora e nem compromisso com ninguém. Eu acordei primeiro, como sempre! Vi que tinha sol, dei uns beijinhos nele e fiz a proposta: ir caminhar na praia, curtir um solzinho e depois um almoço gostosinho. Demoramos a sair de casa, como de praxe, e fomos. Neste dia, não tínhamos mesmo pressa. Chegamos e logo saímos caminhando, conversando... como é bom conversar, dividir a vida com ele! O assunto nunca acaba e toda conversa é marcada pelo imenso prazer de me sentir e senti-lo perto. Percebemos que nunca havíamos feito isso e, rapidamente, nos culpamos por não nos permitir aquilo que nos parece tão simples. Encontramos amigos, tomamos umas cervejinhas e fomos almoçar num restaurante delicioso. Voltamos para casa e, também como de costume, ele saiu para tocar. Saí também... fui ao encontro dos meus irmãos e dos meus sobrinhos. Voltei para casa leve, mas com uma sensação de falta. Um sensação que só teve fim quando, já sonolenta, senti ele me abraçar e, também sonolenta, perguntei: o show foi bom? Continuei dormindo e acordei renovada. Pronta para ficar sem almoçar, diante da correria que foi o meu dia de hoje. Só que cheguei em casa e ele estava lá. Jantamos e resolvemos, depois da caminhada de ontem, realmente iniciar hoje os nossos exercícios físicos conjuntos! Andamos de mãos dadas, ri dele correndo, corri e parei, enquanto ele ria do meu cansaço. Depois de 30 longos minutos, ele me deixou para fazer as unhas e foi buscar a Pipoca. Um estressezinho por não conseguir pagar uma conta, um dente dando trabalho... para mim, nada conseguiu diminuir o prazer de estar e, mais uma vez, me sentir perto. Voltamos para casa conversando e, como de praxe, ele foi ensaiar. E eu vim para cá escrever sobre estas amenidades que me fazem tão feliz. Ao mesmo tempo, escrevo sobre a falta que ele me faz. Porque a casa é bem mais casa, quando ele está ao meu lado. Sentir falta me leva diretinho ao bem que ele me faz e ao quanto sou feliz. Como um círculo vicioso, dos mais saudáveis e bonitos. Da falta ao bem, passando pela presença, terminando e começando sempre em nós dois, juntos.