Você entrega para cada pessoa um papel e pede para que cada um coloque três características no mesmo. Depois, recolhe, mistura e, aleatoriamente, vai lendo e deixando que as pessoas tentem adivinhar de quem se trata. Depois de segundos de especulações, quando alguém já tiver acertado, convida o "certo alguém" a se revelar.
A pessoa das carcaterísticas vai ter um tempo para falar de si, a partir das características que ela mesmo escreveu. É o momento de fazer uma auto-avaliação. Em seguida, todos podem falar. Detalhe: "a pessoa das características" terá que escutar a fala de todos, sem responder, rebater... Parte-se do entendimento de que, mesmo que ela discorde, aquelas são versões possíveis sobre ela. E, por isso, devem ser objetos de reflexão.
Fiz hoje, pela segunda vez, com a equipe do Albergue. É um exercício difícil... mas o potencial de reflexões e amadurecimentos é enorme! Saber diferentes versões sobre você pode até doer, mas, se elas existem, é preciso pensar nos "porquês" e crescer a partir disso.
no gerúndio da mudança, que começa em mim, passa pelos outros, termina e recomeça em mim...
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Maracujá
Você toma um bom e demorado banho, com direito a bucha esfoliante e diferentes sabontes, para as diferentes parte do corpo. Termina com o óleo trifásico de maracujá; espalhando pelo corpo, sem pirangagem. Dá para colocar um creme para tratamento no cabelo... daqueles sem enxague(eu gosto do pantene), pentear e, com isso, ficar curtindo o cheirinho do óleo no seu corpo, antes de entrar no chuveiro novamente. Aí você se enxuga bem direitinho, para chegar na hora dos cremes (todos de maracujá!). Use os cremes no seu quarto... você entenderá porque, ao final. Abuse! Use cremes diferentes para as diferentes partes do corpo: uma para pernas e pés; um para o restante do corpo; outro para as mãos. Depois de limpar a pele, termine com o desodorante corporal (também de maracujá), coloque aquela roupa bem gostosa e fique bem à vontade. O cheirinho ficará no seu quarto por um bom tempo, além de já estar em você.
Dá para se sentir linda, magra, levre, amada... é como se os problemas todos sumissem e você fosse tomada por aquela tranquilidade, que só se sente quando se entra em contato consigo. Frescura? Pode ser! Mas experimente... você vai ver o quanto essa frescurinha faz bem!
Dá para se sentir linda, magra, levre, amada... é como se os problemas todos sumissem e você fosse tomada por aquela tranquilidade, que só se sente quando se entra em contato consigo. Frescura? Pode ser! Mas experimente... você vai ver o quanto essa frescurinha faz bem!
sexta-feira, 15 de janeiro de 2010
Obrigada por insistir (por Martha Medeiros)
"Até o mais seguro dos homens e a mais confiante das mulheres já passaram por um momento de hesitação, por dúvidas enormes e dúvidas mirins, que talvez nem merecessem ser chamadas de dúvidas, de tão pequenas. Vacilos, seria melhor dizer. Devo ir a este jantar, mesmo sabendo que a dona da casa não me conhece bem? Será que tiro o dinheiro do banco e invisto nesta loucura? Devo mandar um e-mail pedindo desculpas pela minha negligência? Nesta hora, precisamos de um empurrãozinho. E é aos empurradores que dedico esta crônica, a todos aqueles que testemunham os titubeios alheios e dizem: vá em frente!
"Obrigada por insistir para que eu pintasse, que eu escrevesse, que eu atuasse, obrigada por perceber em mim um talento que minha autocrítica jamais permitiria que se desenvolvesse.”
“Obrigada por insistir para que eu fosse visitar meu pai no hospital, eu não me perdoaria se não o tivesse visto e falado com ele uma última vez, eu não teria ido se continuasse sendo regida apenas pela minha teimosia e orgulho.”
“Obrigada por insistir para que eu conhecesse Veneza, do contrário eu ficaria para sempre fugindo de lugares turísticos e me considerando muito esperta, e com isso teria deixado de conhecer a cidade mais surreal e encantadora que meus olhos já viram.”
“Obrigada por insistir para que eu fizesse o exame, para que eu não fosse covarde diante das minhas fragilidades, só assim pude descobrir o que trago no corpo para tratá-lo a tempo. Não fosse por você, eu teria deixado este caroço crescer no meu pescoço e me engolir com medo e tudo.”
“Obrigada por insistir para eu voltar pra você, para eu deixar de ser adolescente e aceitar uma vida a dois, uma família, uma serenidade que eu não suspeitava. Eu não sabia que amava tanto você e que havia lhe dado boas pistas sobre isso, como é que você soube antes de mim?”
“Obrigada por insistir para que eu deixasse você, para que eu fosse seguir minha vida, obrigada pela sua confiança de que seríamos melhores amigos do que amantes, eu estava presa a uma condição social que eu pensava que me favorecia, mas nada me favorece mais do que esta liberdade para a qual você, que me conhece melhor do que eu mesma, apresentou-me como saída.”
“Obrigada por insistir para que eu não fosse àquela festa, eu não teria agüentado ver os dois juntos, eu não teria aturado, eu não evitaria outro escândalo, obrigada por ficar segurando minha mão e ter trancado minha porta.”
“Obrigada por insistir para eu cortar o cabelo, obrigada por insistir para eu dançar com você, obrigada por insistir para eu voltar a estudar, obrigada por insistir para eu não tirar o bebê, obrigada por insistir para eu fazer aquele teste, obrigada por insistir para eu me tratar.”
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo aqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo."
Tem texto que cai na sua mão na hora que você está precisando lê-lo ou, ao menos, na hora que ele expressa tudo que você está sentindo... com esse texto foi assim!
"Obrigada por insistir para que eu pintasse, que eu escrevesse, que eu atuasse, obrigada por perceber em mim um talento que minha autocrítica jamais permitiria que se desenvolvesse.”
“Obrigada por insistir para que eu fosse visitar meu pai no hospital, eu não me perdoaria se não o tivesse visto e falado com ele uma última vez, eu não teria ido se continuasse sendo regida apenas pela minha teimosia e orgulho.”
“Obrigada por insistir para que eu conhecesse Veneza, do contrário eu ficaria para sempre fugindo de lugares turísticos e me considerando muito esperta, e com isso teria deixado de conhecer a cidade mais surreal e encantadora que meus olhos já viram.”
“Obrigada por insistir para que eu fizesse o exame, para que eu não fosse covarde diante das minhas fragilidades, só assim pude descobrir o que trago no corpo para tratá-lo a tempo. Não fosse por você, eu teria deixado este caroço crescer no meu pescoço e me engolir com medo e tudo.”
“Obrigada por insistir para eu voltar pra você, para eu deixar de ser adolescente e aceitar uma vida a dois, uma família, uma serenidade que eu não suspeitava. Eu não sabia que amava tanto você e que havia lhe dado boas pistas sobre isso, como é que você soube antes de mim?”
“Obrigada por insistir para que eu deixasse você, para que eu fosse seguir minha vida, obrigada pela sua confiança de que seríamos melhores amigos do que amantes, eu estava presa a uma condição social que eu pensava que me favorecia, mas nada me favorece mais do que esta liberdade para a qual você, que me conhece melhor do que eu mesma, apresentou-me como saída.”
“Obrigada por insistir para que eu não fosse àquela festa, eu não teria agüentado ver os dois juntos, eu não teria aturado, eu não evitaria outro escândalo, obrigada por ficar segurando minha mão e ter trancado minha porta.”
“Obrigada por insistir para eu cortar o cabelo, obrigada por insistir para eu dançar com você, obrigada por insistir para eu voltar a estudar, obrigada por insistir para eu não tirar o bebê, obrigada por insistir para eu fazer aquele teste, obrigada por insistir para eu me tratar.”
Em tempos em que quase ninguém se olha nos olhos, em que a maioria das pessoas pouco se interessa pelo que não lhe diz respeito, só mesmo agradecendo aqueles que percebem nossas descrenças, indecisões, suspeitas, tudo o que nos paralisa, e gastam um pouco da sua energia conosco, insistindo."
Tem texto que cai na sua mão na hora que você está precisando lê-lo ou, ao menos, na hora que ele expressa tudo que você está sentindo... com esse texto foi assim!
segunda-feira, 11 de janeiro de 2010
Emoção ao lembrar dela
Às vezes você sente tanta admiração por uma pessoa que pensar nela emociona. Outras vezes, dói. Porque, quando o amor é intenso, chega a doer mesmo. Dá uma vontade de se fundir, de tornar um. Ao se fundir, você ficaria só com a parte mais dolorosa dessa pessoa e daria tudo que você tem de bom. E tem porque aprendeu com ela.
Ela saiu do sertão. Tenho vontade de levar todo mundo lá, para que todos conheçam o lugar de onde ela saiu e, por conseqüência, eu sai também. Foi numa casa muito simples, no meio de um sítio, que ela veio ao mundo. Filha de uma mãe que teve 10 filhos. De um pai que não consegui conhecer, ou que só conheço pelas histórias.
Infância difícil. Faltava muitas coisas, mas, como uma florzinha no meio da aridez do sertão, ela cresceu e brotou. Veio para cidade grande estudar. Estudou e venceu. Terminou a Faculdade, fez uma especialização , trabalhou, foi professora da UFPE, deu aula para batalhões (literalmente!) e conseguiu, mesmo com isso tudo, ser uma mãe presente.
Uma mãe dura, que jamais me viu chorar sem falar que era preciso seguir em frente; que jamais me viu triste sem mostrar tudo que deveria me deixar alegre. Muitas vezes, não era nem isso que queria escutar, porque de vez em quando é até importante curtir a tristeza, mas esse era o jeito dela de me fazer forte.
Uma guerreira. Lembro de voltar do colégio com ela para casa, de ônibus, depois de um dia de trabalho. Lembro do seu rosto cansado, chegando em casa e ainda dando conta de cuidar da gente e, mais uma vez, nos (e aqui sei que já não falo mais só em meu nome) ensinando a ser forte. Porque não há melhor forma de ensinar do que com o próprio exemplo.
É preciso dizer que ela sofreu muito também. Sofreu, sofremos juntos e, mais uma vez, saímos nos sentindo mais fortes.
É claro que algumas coisas também me incomodavam e ainda incomodam. Ela não sabe pedir desculpas e gosta muito de dizer “eu não disse”. Mas até assim ela nos ensina a ser fortes. A gente olha para essas coisas e tenta fazer diferente. Tenta fazer e ser mais.
Sabe quando você olha pra uma pessoa e vê onde ela está com a certeza de que esse lugar é extremamente merecido, porque foi efetivamente conquistado, suado? É ela.
De vez em quando, principalmente, quando me sinto cansada, desanimada, gosto de lembrar dessa história. E lembrar me encoraja e, mais uma vez, me fortalece.
Hoje, ela é avó (pela segunda vez), trabalha menos, vive num apartamento seu, tem seu carro, tem sua vida. Dá até trabalho, de vez em quando. Acho mesmo que depois de oferecer tanta vida pra gente é difícil se ver morando apenas com Luana (a cachorrinha). Isso pode trazer mesmo a sensação de não estar sendo mais “necessária”. É como se não precisássemos mais dela e isso acaba vindo como uma certa dose de tristeza.
Talvez, não precisemos mesmo dela para nos bancar. Até porque, graças ao esforço dela, conseguimos fazer isso sozinhos. Mas não sabe ela como a sua presença é importante. Uma presença que nem sempre é física, mas é uma presença que mostra quem somos, de onde viemos e a que ponto cada um quer chegar.
Hoje, só sinto orgulho dela, dos meus irmãos e do que conseguimos ser, a partir do que ela nos ensinou.
*Fui ao cinema, assisti “Dona Lindu” e lembrei de onde vim. Senti muito orgulho e escrevi esse texto.
Ela saiu do sertão. Tenho vontade de levar todo mundo lá, para que todos conheçam o lugar de onde ela saiu e, por conseqüência, eu sai também. Foi numa casa muito simples, no meio de um sítio, que ela veio ao mundo. Filha de uma mãe que teve 10 filhos. De um pai que não consegui conhecer, ou que só conheço pelas histórias.
Infância difícil. Faltava muitas coisas, mas, como uma florzinha no meio da aridez do sertão, ela cresceu e brotou. Veio para cidade grande estudar. Estudou e venceu. Terminou a Faculdade, fez uma especialização , trabalhou, foi professora da UFPE, deu aula para batalhões (literalmente!) e conseguiu, mesmo com isso tudo, ser uma mãe presente.
Uma mãe dura, que jamais me viu chorar sem falar que era preciso seguir em frente; que jamais me viu triste sem mostrar tudo que deveria me deixar alegre. Muitas vezes, não era nem isso que queria escutar, porque de vez em quando é até importante curtir a tristeza, mas esse era o jeito dela de me fazer forte.
Uma guerreira. Lembro de voltar do colégio com ela para casa, de ônibus, depois de um dia de trabalho. Lembro do seu rosto cansado, chegando em casa e ainda dando conta de cuidar da gente e, mais uma vez, nos (e aqui sei que já não falo mais só em meu nome) ensinando a ser forte. Porque não há melhor forma de ensinar do que com o próprio exemplo.
É preciso dizer que ela sofreu muito também. Sofreu, sofremos juntos e, mais uma vez, saímos nos sentindo mais fortes.
É claro que algumas coisas também me incomodavam e ainda incomodam. Ela não sabe pedir desculpas e gosta muito de dizer “eu não disse”. Mas até assim ela nos ensina a ser fortes. A gente olha para essas coisas e tenta fazer diferente. Tenta fazer e ser mais.
Sabe quando você olha pra uma pessoa e vê onde ela está com a certeza de que esse lugar é extremamente merecido, porque foi efetivamente conquistado, suado? É ela.
De vez em quando, principalmente, quando me sinto cansada, desanimada, gosto de lembrar dessa história. E lembrar me encoraja e, mais uma vez, me fortalece.
Hoje, ela é avó (pela segunda vez), trabalha menos, vive num apartamento seu, tem seu carro, tem sua vida. Dá até trabalho, de vez em quando. Acho mesmo que depois de oferecer tanta vida pra gente é difícil se ver morando apenas com Luana (a cachorrinha). Isso pode trazer mesmo a sensação de não estar sendo mais “necessária”. É como se não precisássemos mais dela e isso acaba vindo como uma certa dose de tristeza.
Talvez, não precisemos mesmo dela para nos bancar. Até porque, graças ao esforço dela, conseguimos fazer isso sozinhos. Mas não sabe ela como a sua presença é importante. Uma presença que nem sempre é física, mas é uma presença que mostra quem somos, de onde viemos e a que ponto cada um quer chegar.
Hoje, só sinto orgulho dela, dos meus irmãos e do que conseguimos ser, a partir do que ela nos ensinou.
*Fui ao cinema, assisti “Dona Lindu” e lembrei de onde vim. Senti muito orgulho e escrevi esse texto.
domingo, 10 de janeiro de 2010
2010
Estar mais perto dos meus amigos;
Estar mais perto da minha família;
Ler pelo menos três bons livros, de forma despretensiosa;
Revisar meu projeto de doutorado e fazer as articulações necessárias para ingressar no próprio doutorado, no final de 2010;
Definitivamente, emagrecer;
Conseguir colocar exercícios físicos na minha rotina;
Recomeçar o curso de inglês e me dedicar muito a ele;
Estudar espanhol, em casa;
Fazer um filho (só no final do ano);
Viajar, para perto algumas vezes e para longe, pelo menos uma;
Ir mais ao cinema;
Tomar menos coca light;
Comer melhor;
Escrever mais aqui;
Viver a leveza, mesmo diante de dias pesados...
... planos! Agora sim! 2010 começou!
Estar mais perto da minha família;
Ler pelo menos três bons livros, de forma despretensiosa;
Revisar meu projeto de doutorado e fazer as articulações necessárias para ingressar no próprio doutorado, no final de 2010;
Definitivamente, emagrecer;
Conseguir colocar exercícios físicos na minha rotina;
Recomeçar o curso de inglês e me dedicar muito a ele;
Estudar espanhol, em casa;
Fazer um filho (só no final do ano);
Viajar, para perto algumas vezes e para longe, pelo menos uma;
Ir mais ao cinema;
Tomar menos coca light;
Comer melhor;
Escrever mais aqui;
Viver a leveza, mesmo diante de dias pesados...
... planos! Agora sim! 2010 começou!
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