sábado, 18 de julho de 2009

Lenine

Fico me perguntando por que gosto tanto de Lenine. Não sou uma pessoa de ídolos. Jamais colecionei recortes de cantores, artistas... para não dizer que nunca gostei muito de um, lembro de na minha adolescência chorar, ouvindo Lulu Santos.

Tinha uma fita cassete de um show do disco “O último romântico”, com Milton Guedes tocando tudo. Era mesmo de fazer chorar. Mas, depois que ouvi Lulu Santos falando do nordeste, desanimei. Achei ele um verdadeiro merda e não consegui escutar mais as músicas dele com a mesma emoção.

Nessa trajetória de poucos ídolos, lembro de algumas amigas adorando Los Hermanos e outras bandinhas nesse estilo. Jamais me encantou. Sentia que as músicas me deprimiam, me faziam lembrar do pior. Um horror! Escutar música para chorar é dose! Prefiro chorar sem trilha sonora.

O mais surpreendente é que o meu encontro com Lenine foi num momento muito propício a choros. Eu tinha terminado um namoro, longo e conturbado. Acho que era a milésima vez que terminava e não foi a última. Fui com um casal de amigos para o Palco Pernambuco. Um show histórico, que trouxe Gabriel O Pensador, Lenine e Arnaldo Antunes. Acho que foi isso. E lembro exatamente da sensação que tive ao escutar Lenine naquele dia.

Apesar da fossa, a sensação não foi de fossa! Muito pelo contrário! Lembro de fechar os olhos, dançar e me sentir bem. Cantava as músicas e voltava a me ver como uma mulher bonita, como interessante... todas as coisas que num final de namoro você não se acha.

“Hoje eu quero sair só” ... “Só você, que é todas elas juntas num só ser”....

Foi revigorante! E, desde então, Lenine está na minha vida, sempre com essa função: revigorar! E revigora! E, para ele, eu grito: liiiindo! Até porque daria muito trabalho sintetizar isso tudo que escrevi nesse post numa frase só. Agora no FIG tentei o grito “taletoooooso”. Não foi legal! Continuarei gritando “liiiindo” e esperando o dia que poderei abraçá-lo... e agradecer pela revigorante companhia.

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