sexta-feira, 29 de outubro de 2010

O que vem depois

Quase não dormi da noite da quarta para quinta. A ansiedade era enorme! Reli o projeto, passei o olho no currículo e tomei cerveja com uns amigos... ainda bem que eu tive eles nesse dia. Acordei mais cedo do que o necessário e resolvi me organizar para sair. Tive receio de chegar atrasada e colocar tudo a perder. Desci na primeira parada após o aterro, às 09:20. O compromisso era às 11:00. Com a hora folgada, resolvi não perguntar onde era. Simplesmente fui caminhando, com ajuda de um mapa, que de esquina em esquina eu tirava da bolsa. Mas fui tranquilamente, contemplando a paisagem do lugar; um lugar que possivelmente será o meu lugar. Rapidamente (mais do que gostaria), encontrei o prédio. Fica na Av. Rui Barbosa - um endereço importante para mim, já que vivi tendo-o como lugar de estudo e vida, por pelo menos 12 anos, em Recife. Mas aqui é tudo bem diferente. Subi as escadas e encontrei uma menina que também aguradava a entrevista. Pensei até em sair para dar uma volta, mas percebi que ela foi logo chamada e que, por isso, estando lá, eu também poderia ser. Ela saiu aproximadamente 30 minutos depois, com cara de desanimada. Disse que eles fizeram muitas perguntas, que ela achava que só poderia responder no curso do doutorado. Gelei! Imaginei uma banca de defesa de projeto e, quando entrei na sala, encontrei algo parecido: quatro professores estranhos (apesar de já ter ouvido falar neles, não os conhecia), atrás de uma mesa, e uma cadeira para mim. Eles se apresentaram e as primeiras perguntas que fizeram foram: fale de seu projeto. O que você quer estudar? E como vai fazer isso? Como foi difícil escutar e responder a essas coisas! Respirei e resolvi começar pelo porquê. Falei da minha experiência profissional e acadêmica para então chegar no objeto de estudo. Falei da metodologia, inscrevendo-a como ousada, já com medo de retaliação. As fisionomias deles foram mudando e eu fui me animando. Não consigo saber ao certo o que aconteceu, mas, de repente, a banca ameaçadora se transformou numa mesa de bar e conversávamos espontanemanete sobre o projeto e as possibilidades dele. Aí eu já não queria que acabasse! Foi ótimo! No final, uma professora perguntou: para ficar claro, você quer fazer isso, depois isso, depois isso? Eu disse que era exatamente aquilo. Ela elogiou a metodologia, increvendo-a como inovadora. Nossa! Nem acreditei... segurei o riso e saí da sala com vontade de gritar. Era a felicidade de ver um sonho deixando de ser sonho, ganhando contornos mais precisos e um esperado quê de realidade. É! Agora acho que dá. Agora também é a hora de conntrolar a ansiedade de pensar onde vou morar, no que vem depois... afinal, muita coisa ainda pode compor esse depois. Mas a sensação é de dever cumprido e de felicidade. Que chegue logo o resultado, que chegue logo mais esse depois!

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