Foi um final de semana de frio. Um frio que começou por dentro e foi se materializando na fria São Paulo. Esquisito o que essa cidade proporciona. Há um quê de deslumbramento, pelas pessoas, pelos hábitos de vida e pela liberdade de ser. Andar pela Avenida Paulista, descendo pela Augusta é realmente libertador. Mas também há um quê de sufocamento. Porque em todos os lugares há muita gente, porque há trânsito às 22 horas de um domingo.
Eu vim bem menos pelo lugar e mais pelas pessoas. Vim atrás das irmãs que escolhi para mim e de outros tantos amigos que por aqui escolheram viver. Saí do Aeroporto já com Mari, cheguei na casa delas e fiquei por horas deitada no colo de Liu. Fiquei me perguntando como não havia feito isso antes.
Ainda vi Ju Terribili, que não via há uns cinco anos. Vi Mari Pires, Asas, Thiago Pêda, Mayra, Slivia, Rô Valente... foi uma delícia. Programinhas leves, regados a bons vinhos. Conversas gostosas, colos seguros. Pude dividir a vida, escutar e dizer coisas importantes. Em alguns momentos, bateu saudade da minha “vidinha feliz”. Em outros momentos, me deu uma vontade de reviver a liberdade de “ganhar o mundo”, que um dia já foi objeto de tanto desejo, e ser feliz assim.
Fiquei pensando como deixar de lado essa dose de drama que há na minha vida, em como me permitir viver, olhando para frente. Caminhei, escorreguei, mas sei que preciso seguir. Acordei, na segunda-feira, com o coração apertado. Talvez o tarô tenha me mostrado que o momento que vivi é muito mais do que um momento de dor. É um momento de transformação. Transformar o que em quê? Ai, ai, ai...
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