segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Solidão

Pois é! Jamais pensei que isso pudesse acontecer. Definitivamente, sou vítima de mim. Da minha sobrecarga de trabalho, do meu pouco tempo para os amigos, sobretudo, para cultivá-los. Hoje, me sinto um tanto sozinha. Com um marido que não me acompanha, a não ser quando eu o acompanho, nas suas atividades. Talvez, ele seja também vítima de si. Se duas amigas não me atendem, não me sinto à vontade para ligar para outras pessoas. E acabo sempre preferindo a cama, um livro, adiantar um trabalho, ou fazer nada no computador. Aí fico no computador até ninguém estar mais on line. Procuro aquela menina alegre, alto astral, que vivia na farra, rodeada de amigos, com toda disposição do mundo e que tinha um marido igualmente alegre. Não acho mais.

Não é fácil escrever isso, mas sinto que escrever é também me comprometer a mudar e construir um outro modo de existência. Certamente, não aquele de anos atrás. Mas, com certeza, uma forma mais leve e feliz. É! Acho que definitivamente é chegada a hora de “abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo”, mesmo que elas estejam no nosso corpo a um relativo pouco tempo... é chegada mesmo a hora de mudar, por mais doloroso que isso possa parecer.

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