domingo, 3 de abril de 2011

Dia 00


Hoje foi dia de sentir o coração acelerado e frio na barriga. Vontade de chorar e de desistir. Acho até que, se alguém tivesse me apoiado nesta idéia, teria feito. Teria ficado. Mas vim! Vim porque preciso ser minimamente fiel aos meus sonhos. Vim porque aqui estão flores que eu plantei com muito suor. Acho que vim também porque lembrei o quanto este lugar me faz bem e vim atrás do bem que ele me faz.

Vi o mundo de cima e, mais uma vez, tive vontade de pegar as nuvens. Tentei não deixar nenhum pensamento estacionar na cabeça e me angustiar. Fui pensando em várias coisas, visitando muitas angústias, alegrias e momentos de plenitudes. Quis abrir o computador e escrever sobre isso, na hora. Mas tive medo de transformar aquilo tudo em planos ou regras. Dessa vez, preferi sentir.

Cheguei no Rio e comigo a chuva. Era preciso mesmo que algo acontecesse para eu ter a certeza que fiz o certo e que tudo ia ficar bem. Ao invés de buscar colos, nos tantos amigos, resolvi descansar, deitar e procurar acalmar o meu corpo e o meu coração. Um coração apertado, confuso, cheio de saudades de tantas coisas vividas e de tantas outras que ainda estão aí... para viver. Para vivermos. E aqui estou, depois de umas horinhas de cochilo, no “meu quarto”, escrevendo, olhando pela janela, tentando introjetar e escutar os sons do silêncio e tentando encontrar a tranqüilidade deste silêncio dentro de mim (Essa foto foi tirada da minha janela... um refúgio da natureza na zona sul, em Humaitá).

Amanhã é o dia 01. Aula inaugural com ministro da saúde pela manhã e primeiro dia da disciplina Pesquisa Qualitativa, ministrada pelo meu orientador, à tarde. Vai ser um dia importante.

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