Não há novidades, do ponto de vista dos estudos. A disciplina continua maravilhosa. Suely é o tipo de professora que quero ser. Dá uma dialogada, com muito bom humor e conteúdo. Não nos cansa e sempre acrescenta uma referência, que não está posta, em seus exemplos.
Mas começo a ficar impaciente para voltar e isso torna os dias mais longos e difíceis. Mas voltar para onde? As últimas conversas me asseguram que talvez não haja mais lar, não haja mais o antigo porto seguro, o antigo “melhor lugar do mundo”. Sinto as mudanças dentro de mim, que vem cheias de desejo de mudança, mas cheias de medo também.
No final, me dá vontade de mãe e de irmã. Deu vontade de escutar a minha mãe, resmungando a cada lágrima minha, me dizendo que a vida é assim, que é preciso ser forte e, dessa forma, não me deixando cair. Deu vontade de abraçar minha irmã, da forma como ela deixou eu abraçá-la, quando não estava bem. E fazer ela ficar dormindo na cama do meu lado, como fazíamos antes, pelo menos por uns dias.
Nesses dias, Narinha ligou e, no mesmo dia, falei com Xanda no Messenger. A preocupação delas de dizer que amigos não vai me faltar, que estão comigo... é de emocionar. Receber a notícias que Liu também vai estar em Recife, na Semana Santa também é outro conforto. Confortos necessários para tempos difíceis.
Difíceis sim, mesmo diante da certeza que isso é o melhor a ser feito. Sinto que vou ganhar algumas coisas, mas que estou perdendo outras tantas e ainda não consigo ver como vou estar no mundo depois dessas tempestades.
Eu me peço calma. Lembro de uma voz, imaginária e rouca, que no olho do furacão me dizia “tranqüilidade”. É o que estou buscando, sem esquecer de respirar e cuidando de mim. Mas quero mesmo é voltar e ainda tenho dois longos dias pela frente.
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