sexta-feira, 15 de abril de 2011

Dia 10

Pronto! Missão cumprida. Talvez, não dá melhor forma, diante de tantas turbulências, mas cumprida sim.

Hoje, a aula foi sobre trabalho e gênero, com a discussão de um texto de Jussara Brito. Muito bom! Saí ainda mais convencida que esse é mesmo os óculos, a partir dos quais vejo o mundo. Não tem jeito. Lembrei do texto A classe operária tem dois sexos, de Hirata, e me deliciei nas tantas discussões que surgiram em sala.

Na minha sala são oito mulheres e um homem. Todos bem mais velhos do que eu. As mulheres são, além de muito legais, em sua maior parte, o estereótipo de “mulherzinha”. Claro que minhas opiniões seriam polêmicas. Certa hora, fiz um comentário e professora riu, dizendo: “ai que saudade da minha juventude!”. Né, lasca? Perdeu 10 pontos comigo. Mas o debate foi bom.

Só que foi só sair da sala que voltaram os meus tormentos. Ninguém nunca vai imaginar o que foi, para mim, viver esses dias aqui, neste momento da minha vida. Me senti violentada, numa aprendizagem forçada... como se a vida tivesse dizendo: “agora cresça”. Não cresci. Pelo contrário, tive consciência da minha pequeninisse e vi mesmo o quanto preciso de um certo punhado de pessoas ao meu redor. Se reconhecer o quanto precisa de outros é crescer, sim... cresci!

Volto querendo encontrar cada uma dessas pessoas, para dizer para cada um o quanto é importante para mim. E agora, ao escrever aqui, sinto uma tranqüilidade... quase como um suspiro, um “ufa”. Estou voltando para casa e agora está muito claro que a minha casa é onde estão as pessoas que amo. É onde me sinto segura e protegida. Como, hoje, dou mais valor a essa casa. Ela não é física, não tem móveis. É só afeto.

Vou agora comer um sushi com Mário e Lucas, torcendo que o tempo passe e que eu chegue em casa.

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