terça-feira, 26 de abril de 2011

Sem contagem

Nem progressiva, nem regressiva. Dessa vez, é sem contagem, sem desespero e sem grandes sofrimentos. Eu vim, com a dificuldade de sempre, mas vim. Arrumei a mala de madrugada, para viajar de madrugada. E, perto da hora de sair de casa, escutei a chuva na janela do quarto, parecendo aplausos. Aquela chuva que sempre vem me dizer que tudo ficará bem.

Fui com Clarice, nos momentos que consegui ficar acordada, e ela, como sempre, disse coisas bem importantes. Com os pés no Rio de Janeiro, mais uma vez, chuva. De toda forma, o Rio me parece mais bonito.

A casa que vou ficar também. Sem a vista inspiradora da janela, sem móveis, sem decoração. O vazio da casa me remeteu ao meu vazio. Fiquei comigo um tempo, ardeu. Respirei e passou. É assim, passa! E a casa vazia me diz que ela pode ser o que quisermos que seja.

Estou bem e sei que logo logo ficarei melhor. Hoje, consigo ver as coisas de uma forma diferente; idealizo menos as pessoas, tantos as que passaram quanto as que estão chegando. E, em função disso, acabo me cobrando menos também.

Vontade de viver mais devagar, vivendo uma coisa de cada vez. Eu e eu. Eu, comigo.

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